Treinos curtos resultam?

Garrafa de água, toalha, sapatilha, braço e perna.

Será que os treinos curtos resultam? É uma questão que a organização mundial de saúde resolve sugerindo 300 minutos de actividade física semanal, portanto mais 50 minutos do que as anteriores recomendações que apontavam para os 250 minutos semanais. Então, antes eram 4 horas e 10 minutos e agora são 5 horas. Simultaneamente a esta actualização da oms, multiplicaram-se os anúncios de resultados de redução de gordura com treinos de 20, 25 e 30 minutos.

Treinos curtos resultam para fazer 5 horas de treino?

10 treinos. Portanto, se as pessoas aderem aos treinos curtos é porque não tem tempo e motivação para treinar mais. Então para estarem dentro das recomendações da oms teriam de fazer 10 treinos de 30 minutos. Isto para não falar nos treinos de menor duração.

Como temos relatado por diversas vezes, a fisiologia refere que só a partir dos 30 minutos de treino é que o metabolismo das gorduras entra em plena acção. Então, partindo desse conhecimento, os treinos de 30 minutos e de menor duração, não são treinos para perder gordura, como é evidente. Basta calcular a frequência cardíaca média desses treinos e o gasto calórico obtido. A ideia feita de que os treinos curtos resultam deve ser posta em causa.

Além do mais, os treinos de alto impacto e de alta intensidade precisam de uma preparação articular, mobilidade e flexibilidade para permitir esforços submáximos e máximos.
Aqui temos mais um exemplo do pouco sentido que faz este anúncio de resultados rápidos.

Algumas incongruências dos treinos de 20, 25 e 30 minutos para a redução de peso:

– Prometem os treinos curtos resultam para a perda de peso;
-Normalmente as pessoas que procuram a perda de peso não estão em condições de realizar treinos intensos, mas sim treinos de baixa intensidade e longa duração;
-Para que o praticante atinja as recomendações da organização mundial de saúde teria de fazer 10 treinos por semana, em sessões de 30 minutos;
-Os treinos de alta intensidade em 30 minutos não consideram a prevenção de lesões das pessoas com excesso de peso e obesidade.

Na Fiquemforma achamos que o dever profissional obriga a que respeitemos a ciência e as pessoas com quem estamos a trabalhar. A nossa missão é mostrar que é possível ter um estilo de vida activo e saudável ao longo da vida e informar os praticantes para os perigos de querer mudar a composição corporal de forma abrupta. Os treinos curtos resultam como complemento, não como a actividade principal. Temos dito e voltamos a afirmar, não é possível alterar a composição corporal sem alterar a condição física.

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