Somos o que comemos?
Efectivamente, somos o que comemos, podemos até afirmar mais concretamente que somos o que digerimos. A informação relativamente à alimentação saudável ainda está longe de estar ao alcance de muitos Portugueses. A forma indiscriminada como, ainda hoje, se ingerem açúcares está piorar bastante o estado de saúde dos Portugueses, em todas as idades. Hoje, a situação das crianças e jovens é altamente preocupante. A dependência dos açúcares é criada desde a infância, e acaba por ter consequências na vida adulta. Ao longo deste artigo, explicamos de uma forma simples os benefícios orgânicos da prática regular de exercício físico. O programa grande reportagem da SIC, tem muita informação útil para que se perceba a importância de comer com critério.
O treino tem efeitos incríveis no corpo humano. Aquilo que defendemos está em linha com o trabalho desenvolvido pela SIC e é precisamente a conjugação de alimentação saudável e exercício físico.
O que nos diz o programa da SIC Somos o que comemos?
Todo o programa Somos o que comemos, refere que se nos alimentarmos bem, se comermos limpo e ingerirmos boas gorduras, boas proteínas e bons hidratos de carbono, sem ultrapassar as quantidades de que de facto necessitamos, conseguimos manter um bom desempenho no treino e com esta conjugação ter uma vida saudável. Aqui damos alguns exemplos de adaptações cardiovasculares que aparecem precisamente quando conjugamos uma boa alimentação e o treino regular:
No ventrículo esquerdo:
Aumento do ventrículo esquerdo, sem aumento da espessura do ventrículo, nem do septo e aumento do calibre das artérias.
Na rede capilar:
- Passa a existir mais irrigação sanguínea, os capilares multiplicam-se;
- Aumenta a força contráctil do miocárdio (musculo cardíaco);
- Em termos celulares, as mitocôndrias aumentam em número e tamanho, melhorando assim a resposta ao esforço físico.
Aptidão cardiovascular (VO2 Máximo)
Referências: Mulheres – menos de 35 ml de O2 por kg/m; Homens: menos de 42 ml o2 kg/m.
Quando os valores para ambos os géneros são iguais ou inferiores a estas referências temos uma aptidão cardio-respiratória baixa.
Quando produzimos energia (ATP) estamos quentes e produzimos calor, no entanto, não somos animais de sangue quente, a utilização de oxigénio e a produção de energia têm uma relação. Nós não produzimos energia à custa do oxigénio, mas sim à custa de diferentes combustíveis.
As proteínas, hidratos de carbono e as gorduras são parte integrante desse processo. As proteínas têm uma função não tão energética, mas estrutural, plástica, de constituintes que são indispensáveis para as acções motoras inerentes à actividade. Se não comemos as proteínas necessárias, a nossa massa muscular diminui. Efectivamente, se somos o que comemos, temos de dar ao nosso organismo o que ele precisa. Já não estamos numa era em que acumular gordura era sinónimo de sobrevivência. Os tempos mudam e é importante adequar o que comemos às nossas necessidades e é também por isso que também somos o que comemos.
Vamos a exemplos concretos! Ao gastarmos combustível num automóvel para andar 200 km, o que acontece é que o carro aumentou de temperatura e gastou combustível, logo, o peso do carro diminuiu. Com o organismo humano passa-se a mesma coisa, nós utilizamos substratos energéticos e diminuímos de peso, durante a actividade. Se somos o que comemos, temos de comer o melhor possível, nas quantidades que preservam a nossa saúde. Não faz sentido comer “qualquer coisa” como tanta vez se diz.