Fracturas de stress

As fracturas de stress são consequência da realização de modalidades de impacto. Uma modalidade onde é frequente o aparecimento desta lesão é na corrida, mas também ocorre em desportos colectivos como o Futebol, o Basquetebol ou o Andebol.

A repetição do gesto técnico predispõe o praticante à lesão, contudo o reforço muscular, a flexibilidade e a libertação miofascial são fundamentais para a prevenção. Estas lesões podem ocorrer quando há uma mudança abrupta no volume de treino. Podem ocorrer também em sedentários que começam a fazer marcha e corrida.

Pela nossa experiência, estas situações tendem a ocorrer mais em quem tem mais menos flexibilidade e mais encurtamentos musculares. É fundamental que o aumento do volume e intensidade do treino seja progressivo.

Onde ocorrem as fraturas de Stress?

Normalmente, aparecem no segundo e terceiro metatarsos do pé, tíbia, calcâneo e no perónio.

O que pode originar as fracturas de stress?

Aumento repentino do volume de treino;

Calçado inadequado à actividade. Além disso o calçado deve ser usado justo, se tiver largo o risco aumenta;

Com a fadiga a técnica piora e o praticante fica mais exposto à lesão.

Sintomas das fracturas de stress

Há a sensação de uma coleira a apertar na região da lesão;

Quando inicia a actividade, a dor aparece e à medida que repete o gesto técnico e passa o período do aquecimente, a dor tende a diminuir e até a desaparecer. Depois do treino, ao arrefecer, a dor volta;

Pode haver hematoma, mas não acontece sempre;

Há dor ao toque;

Por vezes, verifica-se a formação de um hematoma.

Duas pernas e uma área de dor na tibia esquerda que demonstra simbolicamente a fractura de stress.

Tratamento das fracturas de stress

Interromper de imediato todas as actividades de impacto até a eliminação dos sintomas (6 a 8 semanas);

Colocar gelo na área afectada;

Pode ser necessário o recurso a muletas, caso a dor se mantenha ao andar;

Nalguns casos, pode ser necessária cirurgia para fixar o osso, de modo a acelerar a recuperação.

O repouso é o melhor remédio para uma patologia deste tipo. Se a retoma do exercício ocorrer demasiado depressa, existe o risco da lesão regredir de novo. Na grande maioria destas situações, o descanso e o gêlo são bons aliados à recuperação.

A grande dificuldade das fracturas de stress é com pessoas altamente motivadas, que têm um elevado compromisso como o treino. Essas pessoas vão ter muita dificuldade em estar paradas. O melhor para curar a fractura de stress é ser paciente.

American Orthopaedic Foot & Ankle Society The Regents of The University of California, 2012

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