Cardio depois da musculação
Se o objectivo é a redução de gordura, devemos treinar o Cardio depois da musculação.
Naturalmente que deve ter em conta a alimentação e a hidratação porque um treino de força realizado com método e afinco seguido de um treino cardiovascular exige muito do corpo, nesse sentido sugerimos que se mantenha hidratado e bem nutrido. Quem conseguir pode realizar o cardio e a musculação em momentos diferentes, nesse caso, o problema da ordem entre o cardio e a musculação não se coloca. Porém, realizar o treino de perna e o cardio no mesmo dia, não é boa ideia. Existe um desgaste muito grande no treino de pernas e usar novamente esse grupo muscular para treinar o cardio será contraproducente.
Ainda há quem defenda que o não deve fazer o cardio depois da musculação?
Hoje existe muita informação pela internet a fora, mas também existe muita desinformação. Efectivamente, se formos realizar uma corrida de 30 minutos, seguida de trabalho de força, as nossas reservas energécticas irão estar em baixo e não nos vão permitir treinar hipertrofia no limite das nossas forças. Se realizarmos primeiro o trabalho de força e depois formos fazer o treino cardiovascular, não vamos sentir a sensação de quebra de capacidade. No limite, fazemos o cardio em momentos diferentes do dia, se não for possível, faça sempre o cardio depois da musculação.
Faça o Cardio depois da musculação
O treino de força para que seja consequente deve ser feito no limite das nossas capacidades, ou seja até à falha. Para se dar o desejado anabolismo (construção muscular) é necessário que ocorra o catabolismo (“destruição das fibras musculares”). Portanto, com o treino de força provocamos microlesões das fibras musculares que são reparadas após o treino. Em virtude dessa dinâmica ocorre a hipertrofia do músculo. Por isso devemos fazer sempre o Cardio depois da musculação.
No caso do trabalho cardiovascular, quando o objectivo é queimar gordura não precisamos de estar em intensidades muito altas. No entanto, independentemente, da intensidade faça o cardio depois da musculação.
Posto isto, é perfeitamente possível fazer um bom treino de força, seguido de um treino cardiovascular com bons resultados em termos de queima de gordura, com excepção do treino de perna.
Falando em frequência cardíaca, o treino de musculação nunca poderá ser um treino aérobio, porque o coração não permanece na zona aeróbia. Pode pontualmente entrar nessa zona, mas será muito difícil a sua manutenção. Para permanecer com a mesma intensidade no batimento cardíaco, trabalhe o cardio depois da musculação, pelo menos por 20 minutos.
O treino cardiovascular envolve sempre 2/3 da massa muscular e é contínuo, o que leva à elevação da frequência cardíaca e à sua manutenção, recrutando assim uma maior quantidade de energia para produção do trabalho.
O que as teorias clássicas da Fisiologia do Esforço nos dizem é que são necessários 20 minutos de treino para começarmos a utilizar as gorduras como substrato energéctico, nesse sentido para cumprir o objectivo da desejada queima de gordura sugerimos que seja feito o cardio depois da musculação.
Existe outra possibilidade, um treino misto
Os chamados treinos de alta intensidade, que cruzam o trabalho de força com o trabalho cardiovascular, são treinos bastante interessantes em termos energécticos. Neste caso, os exercícios de força não têm o tempo para a recuperação completa, como nos treinos de musculação. Essa alternância de exercícios de força com os exercícios cardiovasculares, cumprem muito bem os objectivos de queima de gordura e o objectivo de tonificação. Aqui devemos referir que a hipertrofia depende muito da capacidade física do praticante.
Naturalmente estas ideias só podem produzir resultados se houver regularidade e intensidade suficientes. Treinar uma a duas vezes por semana, perfazendo o total de duas horas semanais é positivo mas não é suficiente para atingir resultados.
Algumas dicas para atingir resultados:
1 – Enquanto treina não se distraia com o telemóvel;
2 – Prepare-se para treinar (refeição pré-treino e hidratação);
3 – Não descanse demasiado entre as séries (20 segundos não são 2 minutos);
4 – Treine entre segunda a domingo, 4 horas, todas as semanas.