Actividade física ou sedentarismo?
Os benefícios do treino não são meramente físicos e não deixam dúvidas na hora de escolher entre a actividade física e o sedentarismo. Existe uma ideia de bem-estar associada ao treino e de facto, assim é. O treino quando é realizado com intensidade cria uma sensação de relaxamento após o treino, na verdade essa sensação ocorre porque produzimos substâncias naturais como as endorfinas e a serotonina que nos vão dar essa sensação agradável de bem-estar. Escolher entre Actividade física e sedentarismo parece uma escolha simples, mas requer organização, foco e consistência.
A questão do sedentarismo está directamente relacionada com o estilo de vida e com aquilo que é prioritário para cada pessoa. Aquilo que efectivamente fazemos no nosso dia a dia, são exactamente as nossas prioridades e portanto, quando enunciamos as razões para não treinarmos, são normalmente justificações que usamos para nos sentirmos melhor connosco próprios. As vantagens em treinar regularmente são enumeras.
Endorfinas? Actividade física ou sedentarismo?
Esta substância é produzida naturalmente pelo nosso corpo e é como que um narcótico natural que nos dá prazer.
Serotonina? Actividade física ou sedentarismo?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que o exercício físico influencia directamente a produção de serotonina. Este facto tem em si uma importância colossal, particularmente, para as pessoas que sofrem ou sofreram de depressão.
O treino é um meio natural e seguro de voltar a sentir alegria. Quando conjugamos exercício e psicoterapia podemos obter um efeito notável no tratamento da depressão. Estima-se que a depressão atinja cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Dentro do treino, aquilo que a neurociência nos diz é que as actividades aérobias como a corrida e o ciclismo são as actividades em que produzimos mais serotonina. Há já autores que defendem que quem tem depressão tem síndrome metabólica e inflamação do intestino, o que está associado ao sedentarismo.
Nos nossos Antepassados não havia sedentarismo
Efectivamente a espécie humana evoluiu tendo sempre muita actividade. Toda e qualquer refeição pressupunha gasto calórico. Hoje vamos ao supermercado trocar dinheiro por alimentos. Quando precisávamos de perseguir animais, fugir das intempéries, migrar, tínhamos um dispêndio calórico incomparavelmente superior ao do homem moderno. A questão que se coloca é que as pessoas que abdicaram da actividade física foram adoecendo lentamente. Hoje é sabido que, quem é sedentário tem muito mais probabilidades de ficar doente do que uma pessoa activa.
Consequências da inactividade física
Os números são assustadores e a OMS aponta para uma subida na ordem de 70%, nos próximos 20 anos, dos casos de cancro. As causas enumeradas que sustentam esta brutal subida são o consumo de álcool, açúcar e consequentemente, a obesidade.
A obesidade, na verdade é a síntese dos hábitos e do estilo de vida, esta é uma premissa irrefutável, apenas posta em causa numa percentagem mínima da população que tem problemas de tiróide. A Agência Internacional para a Pesquisa em Cancro, prevê que, em cada ano, mais 25 milhões venham a contrair cancro. Este organismo da OMS defende que, cerca de metade, destes futuros casos, nunca chegariam a existir se as pessoas tivessem um estilo de vida activo e travassem o consumo excessivo de açúcar, de comida processada e o crescente consumo tabágico.
Fontes
Organização mundial de saúde
Margaret Chan, directora da OMS